quinta-feira, 3 de novembro de 2011



O PÁSSARO SEM COR

Era uma vez um pássaro que tinha nascido diferente dos outros.
Ele não tinha cor. E todos o chamavam de pássaro sem cor.
Sempre que o chamavam assim ele ficava triste.
E ainda brincavam:
- Ah! Se ele não tem cor, não é pássaro.
Ele andava e voava de lá pra cá, sem saber o que fazer. Um dia, ele encontrou um velho pássaro muito inteligente e capaz de explicar coisas difíceis. Perguntou-lhe:
- Por que não tenho cor?
- Porque você é especial, um pássaro mágico! - respondeu o velho pássaro. - Você tem mais cores que os outros, mas ninguém ainda conseguiu vê-las. Descubra a mágica que existe em você e será o mais colorido de todos!
- Mas como, grande mestre? - perguntou o pássaro sem cor. Como vou descobrir esse segredo mágico?
E o velho pássaro sábio disse:
- Descubra-se! Saia caminhando e voando. Veja o que você pode fazer pelos outros e como deixar o mundo melhor. Aí sabera o quão colorido e belo você é.
O pássaro não entendeu direito, não sabia o que fazer, mas resolveu seguir o conselho.
Caminhando e voando, viu alguém que precisava de ajuda, que se afogava e chamava:
- Por favor, alguém me ajude!
O pássaro sem cor saiu à procura de ajuda porque um menino se afogava.
Quando foi salvo disse:
- Nossa, pássaro vermelho, que maravilha! Você é um anjo! Quando vi você, sabia que me salvaria.
O pássaro sem cor ficou assustado. Era a primeira vez que alguém o chamava de vermelho. Perguntou:
- Por que você me chama de vermelho, se não tenho cor?
E o menino disse:
- É lógico que você tem cor! É lindo! Você é vermelho, a cor da vida, cor do sangue!
O pássaro realmente estava vermelho. Ele agradeceu e disse que ajudar era a sua obrigação, e continuou seu caminho.
Logo depois, o pássaro viu uma fumacinha no horizonte e voou para lá.
Uma ávore pediu-lhe ajuda:
- Pássaro, me ajude! Começou a pegar fogo na floresta e eu não sei como apagar. Você pode encher o seu bico de água no rio e jogar um pouco aqui.
Correndo e voando muito rápido, o pássaro foi até o rio várias vezes, encheu o bico de água e jogou nas árvores que pegavam fogo. Foi e voltou muitas vezes, até que o fogo se apagou.
A árvore agradeceu dizendo:
- Que bom que você passou pelo meu caminho pássaro verde! Você protege a natureza, é amigo das árvores.
O pássaro olhou para o próprio corpo e viu que, de fato, estava verde.
Ele disse que só tinha cumprido o seu dever e continuou seu caminho.
Seguiu voando, até que encontrou uma flor muito linda, bem amarela, que gritou:
- Pássaro, venha até aqui, por favor!
Ele foi até lá e ela disse:
- Tem um monte de bichinhos querendo comer minhas folhas e só você pode me proteger! Dê um susto neles, de modo que fujam e nunca mais voltem, e aí eu poderei reluzir a luz amarela e deixar o mundo mais colorido.
Ele, imediatamente cantou tão alto que os insetos saíram correndo.
A florzinha amarela disse:
- Obrigada, pássaro amarelo!
E ele respondeu:
- De nada, só cumpri meu dever de proteger as flores.
O pássaro sem cor já nem sabia mais que cor tinha! Havia sido chamado de vermelho, de verde, de amarelo. Mas continuou o seu caminho, sempre ajudando quem precisava, ou avisando quando havia perigo. Em cada lugar, era chamado de uma cor. Azul quando salvou o mar, rosa quando salvou os botinhos cor-de-rosa, enfim, todas as cores.
Já muito intrigado, porque agora todo mundo o chamava de pássaro colorido, ele voava pelas montanhas, quando avistou um pássaro indo em direção à rocha. Parecia meio cego pelo sol, não percebendo o risco que corria. Ele saiu em disparada e desviou o grande pássaro do ocidente iminente.
Passado o susto, o pássaro que era muito bonito, disse:
- Pássaro sem cor, hoje você me salvou e ainda me deu uma lição.
Eu debochava de você porque eu era lindo e você, feio. Agora você é o mais belo dos pássaros, tem mais cores do que eu e é mais respeitado. Como conseguiu isso? Você não tinha cor alguma e, hoje, comparado a você, me vejo muito menos brilhante. Como conseguiu essa mágica?
- Puxa, que elogio mais bonito! - agradeceu o jovem pássaro. - Mas como tem certeza de que sou o mais colorido?
- Olhe-se nas águas do lago - respondeu o outro pássaro - e veja quantas cores lindas você tem! É tão jovem e já é o mais respeitados de todos!
Os dois se despediram, agradecendo um ao outro e, de repente, apareceu aquele velho pássaro sábio. O jovem, agora muito feliz, perguntou ao sábio:
- Como soube que eu era mágico e tinha todas essas cores?
E o velho disse:
- Você tinha a bondade nos olhos, a inteligência nas suas perguntas e a vontade de nunca dizer "não" para quem pede ajuda. Eu tinha certeza de que, caminhando e voando pela vida, você iria ajudar muita gente e salvaria muitas coisas, e se tornaria o mais belo e o mais respeitado de todos os pássaros.
A mágica da vida é esta: aquele que quer e sabe fazer o bem, que tem o desejo de ajudar os outros, sempre será o mais querido.

(Luís Norberto Pascoal)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011


Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz,
Não me induzas à guerra.

Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.

Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones às trevas.

Não espero somente o teu pão,
Dá-me luz e entendimento.

Não desejo tão só a festa do teu carinho,
Suplico-te amor com que me eduques.

Não te rogo apenas brinquedos,
Peço-te bons exemplos e boas palavras.

Não sou simples ornamento de teu carinho,
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.

Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.

Corrija-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra...
Ajude-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

Feliz Dia da Criança!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

DEVERES NA SUA ESCOLA

A criança passa grande parte do dia no colégio, convivendo com outras pessoas. E é muito importante manter uma relação de cordialidade no ambiente escolar, com os colegas de sala, professores, diretores, servidores, pais de alunos... Como todo mundo tem um jeito, o ideal é que todas as diferenças sejam respeitadas – para que a harmonia e o bem comum não fiquem no prejuízo.
Não é certo rejeitar ou fazer gozação com um aluno só porque ele é gordinho ou magricelo, por exemplo, nem porque ele tem algum tipo de deficiência física ou dificuldade de aprendizagem.
Todo cidadão tem o direito de viver sem ser humilhado ou maltratado, porque cada um é igualmente importante na nossa sociedade, e ninguém é melhor que ninguém. Então, dentro da escola, precisamos aprender a tratar os outros como queremos ser tratados, ou seja, com educação, coleguismo e respeito!
Além disso, o que o aluno deve fazer para tornar sua escola um lugar bem agradável? Siga as dicas que a Turma do Plenarinho traz para você:
• Participe de sua própria educação, comparecendo a todas as atividades escolares, dando sua colaboração em sala de aula e cumprindo os deveres e horários determinados;
• Respeite os seus educadores, colegas e funcionários, cada qual com suas diferenças;
• Cuide do espaço físico da escola (salas, pátio, auditório, biblioteca, quadras...) e dos bens materiais (carteiras, quadros, computadores...) que foram colocados à sua disposição. Caso você estrague alguma dessas coisas, procure repô-la ou consertá-la;
• Compareça às atividades escolares trajando o uniforme, se possível, e portando o material escolar exigido;
• Participe, com coragem e disposição (sem preguiça), das atividades propostas. Crie e sugira coisas novas também;
• Coopere para a boa conservação dos móveis do colégio, equipamentos e material escolar, colaborando também para manter a escola em boas condições de limpeza;
• Não leve para a escola objetos que representem perigo à saúde, à segurança e à integridade física da comunidade escolar;
• Converse francamente com a coordenação do colégio, com os educadores, psicólogos e com toda a equipe técnica;
• Não converse fora de hora, não brigue com os colegas, não fale palavrões nem seja indisciplinado. A bagunça e o tititi em sala de aula atrapalham muito a concentração e a compreensão das matérias;
• Obedeça às regras estabelecidas pelo Código Disciplinar da sua escola e às determinações superiores (dos diretores, coordenadores e professores).


DEVERES NA SUA CASA

"Família, família
Papai, mamãe, titia
Família, família
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania (...)”

O grupo musical Os Titãs fez o maior sucesso cantando, de forma bem humorada, o dia-a-dia das famílias. Você também já deve ter percebido que, numa casa, muita coisa (boa e não tão boa assim) acontece. É que lá moram pessoas bem diferentes, cheias de manias, que precisam dar um jeito de viver junto e da melhor forma. Às vezes, fica meio difícil; acabamos nos sentindo cobrados demais, perseguidos; pinta o ciúme, a inveja; e, se não houver um bom diálogo para esclarecer os mal-entendidos, pode rolar alguma briguinha mais séria.
Mas quais são os meus deveres para que a convivência dentro de casa seja mais agradável? Posso fazer alguma coisa para ajudar a melhorar o clima na minha família? Claro que sim. Todos somos responsáveis pela harmonia familiar. Então, o que fazer? Além de tentar manter sempre o bom humor e ser tolerante (ter muita paciência), temos algumas regrinhas a cumprir. Parece difícil? Nem tanto!
Em primeiro lugar, é sempre melhor conversar do que brigar, e é muito importante tentar ajudar os pais, que são muito ocupados. O nosso amigo Vital pode lhe dar mais uns “toques”. Quer conferir?
• Pergunte a sua mãe como pode ajudá-la em casa. Tente se mostrar disponível e interessado;
• Quando quiser sair, peça permissão aos seus pais ou responsáveis. Apresente seus amigos para a família;
• Não discuta com seus pais. O respeito ainda é necessário para manter uma boa relação em casa. Se você não concordar com a opinião deles, tente conversar, nunca xingar nem agredi-los;
• Reserve um horário para as tarefas escolares e a leitura. Não espere seus pais mandarem você fazer os deveres;
• Tenha responsabilidade e cuidado com seus brinquedos, móveis, roupas, materiais escolares e com a limpeza e organização do seu quarto e da sua casa;
• Mantenha uma conversa franca com seus pais. Não minta para eles;
• Lembre-se dos seus compromissos, como por exemplo, aulas de Inglês e esportes;
• Ajude os seus pais a cuidarem dos irmãos sempre que puder;
• Guarde seus brinquedos assim que terminar de usá-los;
• Respeite os deveres e obrigações que seus pais determinarem e cumpra essas tarefas sem resmungar.

Você, Plenamigo esperto, já sabe de cor e salteado as suas obrigações e horários, não é? Basta agora botar a mão na consciência e agir como filho exemplar!

DEVERES NO SEU PAÍS

O povo brasileiro é considerado alegre, otimista, criativo, caloroso e habituado a superar as dificuldades. Muitas coisas no País nos enchem de orgulho: as paisagens, as riquezas naturais, as descobertas científicas, as belezas do Carnaval, a arte do futebol... Ver o astronauta Marcos Pontes realizar o sonho de ir ao espaço segurando a nossa bandeira, ou assistir à seleção brasileira de futebol ganhar a Copa do mundo, por exemplo, reforçam o nosso sentimento de amor à Pátria. Na verdade, são as pessoas, a história, a cultura e o “jeitinho” brasileiro que mais devem ser exaltados!
É bom lembrar que o verdadeiro patriota consegue identificar o que o país tem de bom e de ruim e tenta ajudar a torná-lo um lugar melhor para se viver. E cabe também a você construir um Brasil cada vez mais legal! Comece, desde já, a agir como cidadão responsável e cooperativo. Faça sua parte! Tente cumprir os deveres que listamos a seguir:
• Não desperdice comida, água, energia nem produtos de limpeza. Saiba economizar e partilhar o que você tem;
• Trabalhe junto com seus pais e amigos para combater a violência e a pobreza;
• Só jogue lixo no lixo! Rua não é lixeira;
• Conheça os sinais de trânsito e respeite-os quando for brincar na rua ou atravessar a faixa de pedestre;
• Respeite e conserve os lugares públicos. Não pise na grama, não piche as paredes, nem estrague os telefones públicos, por exemplo. Alguns bens proporcionam comodidade e lazer a todos e devem ser preservados;
• Participe, com interesse, de campanhas e atividades da sua cidade que ajudem pessoas carentes ou que tornem o País mais “educado”;
• Quando necessário, procure a Polícia;
• Não provoque briga e nem aja com irresponsabilidade. Não saia por aí fazendo bagunça nem barulho;
• Freqüente a escola direitinho e aproveite para participar de todas as atividades escolares;
• Mantenha uma postura amigável, respeitosa e gentil com os mais velhos, vizinhos, em família e na escola. Isso facilita a convivência;
• Ajude pessoas idosas ou com deficiência a atravessarem a rua ou a chegarem a algum lugar específico sempre que pedirem a sua ajuda;
• Conheça e respeite as principais regras, normas e leis da sua cidade, estado e país;
• Leia jornais e revistas, acompanhe as notícias na TV, no rádio e na internet. Mantenha-se bem informado sobre o que acontece por aqui e repasse seus ensinamentos aos parentes e colegas.

É isso aí. Seja otimista e jogue sempre no time do Brasil. Acredite que este país é um ótimo lugar e que pode melhorar cada vez mais se cada um fizer sua parte.

Acesse: Plenarinho em "páginas interessantes".

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MINHA VIDA DE CÃO

Pela frestinha da janela posso ver o sol entrar. Sinal que já é de manhã. Pior. Sinal que é hora de acordar. Não é que eu tenha preguiça. Afinal, preguiça de quê? Já sei que meu dia, como todos os outros trezentos e poucos dias que se passaram desde que vim ao mundo junto com os meus outros doze irmãozinhos, será mais um dia de sono, até que este mesmo sol, que vejo raiar agora, faça o favor de ir embora. Só nesta hora, enfim, poderei sair para passear, como também já é de costume.
Minha orelha esquerda levantou. Opa. Esta é a prova definitiva de que o relógio está marcando exatamente sete horas da manhã. Vamos lá. Um olho de cada vez. Primeiro o direito, lentamente. Deste ângulo, vejo dois pezinhos pequenos encostarem no chão. Dois seriam se eu não tivesse esquecido mais uma vez de abrir o olho esquerdo. Admito. A memória não é lá o meu forte. Pois bem, são quatro. Agora com certeza. Os dois de mamãe e os dois de papai. Demorei um pouco para me acostumar a chamá-los assim, afinal, mamãe e papai verdadeiros, não vejo desde que eu nasci. Eles ficaram na minha antiga casa, de onde fui tirado quando este casal que agora vejo bem nitidamente, resolveu me adotar.
Eu gostava da "casinha de sapé" – nome que eu e meus doze irmãozinhos combinamos de chamar àquela casinha pequenina em que nascemos. Lá, tudo era pequenino e vivíamos todos amontoados, uns caindo por cima dos outros. Mas mamãe fazia com que tudo estivesse sempre aconchegante. Não estou reclamando da minha casa de agora. Aqui é bem maior e é pertinho da praia, onde posso fazer aqueles buracos na areia e me esconder depois. Já não me lembro mais nem do nome, nem da carinha daqueles doze danadinhos que nasceram junto comigo. Desta vez, não vou por a culpa na minha memória. É uma daquelas coisas explicadas por essas circunstâncias da vida que não têm explicação. Quando saí de lá, eu só tinha cinco dias de vida, então, dá um desconto.
Meu nome original - aquele que recebi quando nasci - é Joça, mas desde que cheguei aqui, percebi que os seres humanos demonstram carinho com nomes terminados em "inho". Pois bem, passei a me chamar Binho. A única coisa de que não gosto muito é quando a mamãe – essa de carne e osso – fica apertando minhas orelhas. Fico logo bravo e mostro os dentes para ela. A outra mamãe – aquela de pêlos como os meus – não fazia isso.
Mas o que ainda estou fazendo aqui debaixo da cama? Me perdi nos meus pensamentos e nem vi a hora passar. Vou lá na cozinha porque mamãe, como todos os dias pela manhã, já deve ter posto o meu leite naquela tigelinha. Exagerada como mamãe, eu nunca vi. Tirou uma foto minha e colou neste pratinho. Achei meio infantil. Na verdade, acho que meu pai e minha mãe não se deram conta que a idade biológica de uma pessoa não corresponde à idade biológica de um cãozinho como eu. Portanto, com um ano e pouco, já sou adulto.
Eles saíram, foram trabalhar. Ainda não entendi por que os humanos trabalham tanto. Acho que quero ser um deles na minha próxima encarnação. Ou melhor, não quero não. Esta vida de dormir, passear na praia e brincar com os meus donos é muito boa. Se pudesse ser outra coisa na minha próxima vida, seria um cãozinho de novo, só que com menos pêlos, porque estes insistem em cair no meu rosto, e, quando esbarram no meu focinho, me dão vontade de espirrar.

(Ariane Bomgosto)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Respeito

Respeito é a ação ou efeito de respeitar ou respeitar-se. Respeito é o sentimento que leva alguém a tratar os outros ou alguma coisa com grande atenção, ter consideração, não causar dano a si mesmo e aos outros.
Respeitamos os outros quando respeitamos a nós mesmos.
Não devemos nos deixar levar pelas aparências, muito menos julgar alguém superficialmente.
Preconceito, discriminação, exclusão são amostras vivas da falta de respeito entre as pessoas; devemos evitar cultivá-los em nossos corações.
Olhe dentro do seu coração e descubra se carrega algum tipo de preconceito, se se julga superior a alguém... se encontrar algum tipo de preconceito, desfaça-se dele; você estará tendo uma atitude de respeito.
Respeite todos os que estão à sua volta, mesmo aqueles que pensam, sentem e agem de forma diferente da sua!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tolerância e Paciência

Tolerância é a virtude que permite aceitarmos os outros como eles são, mesmo se as maneiras de pensar, sentir e agir forem opostas às nossas. É uma força interior que nos faz suportar situações das mais adversas com as pessoas que fazem parte do nosso convívio. Ser tolerante é ser capaz de perdoar aqueles que nos ofendem, é ser capaz de observar fatos e situações com calma, tranqüilidade; é ser capaz de ouvir, de respeitar as opiniões diferentes das nossas sem gerar conflitos.
Paciência é a capacidade de suportar adversidades, incômodos e dificuldades de toda ordem. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes; capacidade de ouvir alguém, sem pressa; capacidade de se libertar da ansiedade.
A tolerância e a paciência são fontes de apoio seguro nos quais podemos confiar.

domingo, 15 de maio de 2011

Responsabilidade

A responsabilidade implica responder pelos próprios atos, palavras e ações, ou seja, assumir o que se fala e se faz; implica arcar com as conseqüências do próprio comportamento e cumprir os compromissos assumidos.
Adotar uma atitude responsável é assumir a própria vida, é decidir por si mesmo, é também respeitar a si mesmo, cumprir com os deveres e fazer cumprir os próprios direitos, respeitando sempre os direitos dos outros; é reconhecer os próprios erros e aprender com eles, é ser sensato – não perder a noção dos seus limites e dos limites dos outros.
Seja responsável!
Cumpra com seus deveres!
Respeite os direitos dos outros!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

UMA ESTRELA NO CÉU

“Havia numa fazenda um menino negro, que era tratado como escravo.
A mulher do fazendeiro, que era muito má, vivia maltratando o pobre coitado. Estava sempre dando tarefas para ele executar, e ai dele se não as cumprisse direito. Levava uma surra daquelas.
Um belo dia, já próximo do Natal, ele quebrou um jarro de planta e a “dona” deu-lhe uma surra que o deixou todo moído. Depois, mandou que ele ficasse de castigo dentro da pocilga. Ele chorou muito e dentre os porcos havia um que o rapazinho gostava muito e conversava com ele.
O porquinho se aproximou do menino, perguntando:
“Tá doendo muito, Zacarias?...”
E ele chorando, respondeu:
“Tá, porquinho. Ela não tem pena de mim... Me trata mal, não me dá roupa e nem me alimenta direito.”
E a noite chegou. O menino sentia muito frio. Sua patroa até esqueceu que o deixara lá de castigo. O pobrezinho dormiu agarrado com o amigo porquinho. No outro dia acordou com os gritos da mulher:
“Zacarias!... Ó menino levado!... Cadê você... Aparece, diabinho! Há trabalho à fazer...”
E assim foi que mais um dia, o pobre garoto trabalhou e só se alimentou no almoço.
A tarde, continuou no trabalho, consertando a cerca, cortando madeira e arrumando a lenha.
À noite, estava exausto. Tomou um pouco de água numa cuia e foi conversar com seu amigo porquinho:
“Ó, porquinho... Mais uma vez estou morrendo de cansaço...”
O porquinho notou que ele tossia muito.
“Meu amigo, você está doente. Deve se tratar. Essa tosse pode lhe prejudicar a saúde...”
E o menino disse:
“Eu sei, porquinho. Mas como posso me tratar? Se for falar com a patroa ela é capaz de me bater, dizendo que eu estou inventando doença pra não trabalhar amanhã... Não, prefiro esperar. Deus há de me curar...”
Dia seguinte, à noite, os dois amigos se encontraram de novo:
“Sabe, amigo - disse o porquinho. Amanhã é Natal, dia em que o menino Jesus nasceu... Dia em que muita gente ganha e dá presente aos seus familiares...”
“Eu sei - disse Zacarias. Eu nunca ganhei um presente... Sabe, porquinho? Se eu tivesse que escolher um presente, eu escolheria um avião, mesmo que fosse pequeno e coubesse só eu dentro...”
“E pra que você quer um aviãozinho, Zacarias?”
Perguntou o porquinho... O negrinho respondeu:
“Eu pegaria você e iria pra bem longe daqui. Pra um lugar onde pudéssemos ser felizes... Sabe, porquinho? Está vendo aquela estrela lá em cima brilhando? Dizem que foi ela que trouxe o menino Jesus pra manjedoura onde ele nasceu. Gostaria de ir pra lá e eu te levaria comigo...”
No dia seguinte, o menino, bem pior, procurou o porquinho depois do trabalho. Ficou sabendo que ele fora escolhido para fazer parte da mesa de Natal, por ser o mais gordinho de todos.
O menino chorou muito e, em sua doença, começou a delirar com febre.
Era quase meia noite, quando ele, ainda na pocilga, ouviu as vozes das pessoas na casa da fazenda, em meio as confraternizações e alegrias daquela noite de Natal.
De repente, tão cansado que estava, deitou-se e olhou para cima, em direção à estrela brilhante.
“Ó estrela anunciadora... Não tenho companhia e nem família. Até o meu porquinho me levaram. Gostaria de estar aí... Quem sabe, encontraria aí o menino Jesus... Mas não tenho forças nem pra me levantar. Como poderia caminhar até aí?... Vos peço, ó menino Jesus. Deixe-me morar aí consigo...”
E, faltando um minuto para a meia-noite, o menino fechou os olhos... Então, ouviu uma voz lhe chamar:
“Zacarias! Zacarias!”
Abriu os olhos e viu o porquinho correndo em sua direção:
“Porquinho!”
E este disse:
“Zacarias!... Chegou a hora! Vamos viajar para a nossa estrelinha.”
Zacarias disse:
“Mas não temos aviãozinho, meu amigo.”
E o porquinho disse:
“Não precisa. Veja!” E apontou pra cima. Uma luz desceu da estrela, se estendeu sobre eles e os levaram para o Céu.
No dia seguinte, a mulher má não achou Zacarias em lugar nenhum, por mais que o chamasse ou o procurasse.
E desde aquele dia a estrela brilhou com mais fulgor.”
E assim acabou a história...

*Estória de domínio público, com adaptação livre de João Manoel

domingo, 17 de abril de 2011

A ABELHA CHOCOLATEIRA

Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.
- Mas você é uma operária! - gritava a rainha - Tem que aprender.
Na colméia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a única com esse problema. Ela se esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de mel...
Todos os dias, bem cedinho, saía atrás das flores de laranjeira, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore em árvore.
Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colméia carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.
- Que mel mais espesso e marrom... - gritaram suas colegas operárias.
- Iac, que nojo! - esbravejaram os zangões.
Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava produzindo algo doce, mas muito estranho.
- Ela deve ser expulsa da colméia! - gritavam os zangões.
- É horrorosa, um desgosto para a raça! - diziam outros ainda.
Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha e sábia.
Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso sobre as plantas próximas da colméia, que Anita tinha rejeitado de vergonha. Passou o dedo, experimentou e, surpreso, disse:
- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que eu já provei na vida!
- Chocolate? Alguém disse chocolate? - indagou a rainha, que sabia que o chocolate vinha de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.
Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original, animal, feito pela abelha Anita, ora essa, por que não...
Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela, indicando que tinha tido uma idéia brilhante.
No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o talento das duas para produzir uma deliciosa combinação de mel com chocolate.
Moral da história: As diferenças e riquezas pessoais, que existem em cada um de nós, são singulares e devem ser respeitadas.
Fábula de Katia Canton*
*Com idéia de João Roberto Monteiro da Silva, 7 anos.

sábado, 16 de abril de 2011

APRENDENDO COM JACÓ
 
Jacó para seu filho:
- Filho, eu quero que você se case com uma moça que eu escolhi.
 
O filho responde:
- Pai, eu quero escolher a minha mulher.
 
Jacó:
- Meu filho, ela é filha do Bill Gates!
 
O filho: - Bem... neste caso eu aceito.
 
Então Jacó vai à procura de Bill Gates. Jacó para Bill Gates:
- Bill, eu tenho o marido para sua filha.
 
Bill Gates:
- Mas a minha filha é muito jovem para se casar.
 
Jacó: - Mas esse jovem é vice-presidente do Banco Mundial.
 
Bill Gates: - Nesse caso, tudo bem!
 
Finalmente Jacó vai ao Presidente do Banco Mundial.
 
Jacó:
- Sr. Presidente eu tenho um jovem que é recomendado para ser vice-presidente do Banco Mundial.
 
Presidente:
- Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, inclusive mais do que o
necessário.
 
Jacó:
- Mas Sr., este jovem é genro do Bill Gates.
 
Presidente:
- Neste caso ele está contratado!